António Zambujo

António Zambujo nasceu em Beja, Alentejo, a 19 de Setembro de 1975. Por inerência familiar e geográfica, cresceu a ouvir a gravitas do cante alentejano.
Dispôs de uma feliz infância musical, começou a estudar clarinete com apenas oito anos, e de uma adolescência activa neste campo, cantando em família ou ganhando um concurso destinado a jovens fadistas, quando tinha 16 anos, até que aportou a Lisboa, numa decisão de risco que ajudou a moldar-lhe o futuro.
Em dois passos, fez-se amadurecer: no primeiro, pela mão do guitarrista e compositor Mário Pacheco, conheceu em regime diário (ou nocturno, se preferirem) os bastidores e os segredos do universo fadista, juntando-se ao elenco do Clube do Fado.
No segundo, desbastou as inseguranças e os truques do palco, como um dos escolhidos por Filipe La Féria para o musical Amália, em cena durante quatro anos; António era nem mais nem menos do que Francisco Cruz, o primeiro marido de Amália.
Recentemente, outra jornada que vai parar à “Rua da Emenda”.
Um disco que ora é viela estreita para amores arraçados de fadista, ora se transforma em avenida larga para escalas que trazem todo o mundo (Brasil, França, Uruguai, África) para a dimensão maior de um artista português.

Em 2015 António Zambujo voltou sem medo onde já foi feliz: aos palcos. Começou o ano em Paris, onde deu 13 concertos em 12 dias e chegou ao nº1 do top de World Music do iTunes francês.
Mais tarde, e depois de 3 noites entre os Coliseus do Porto e Lisboa, foi agraciado com dois Globos de Ouro para Melhor Intérprete Individual e Melhor Música, com “Pica do 7”.
Em Junho seria condecorado pelo Presidente da República com a comenda de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.
Continua numa intensa digressão, nacional e internacional, com mais de 100 concertos no ano 2015.
São noites em que nos sentimos convocados a agradecer-lhe todos estes anos, todas estas canções, todos estes momentos em que a sua voz foi o espelho, necessariamente melhorado, das nossas próprias vozes.